domingo, 24 de junho de 2012

A história por trás da música: "Abschied vom Walde"

Jakob Ludwig Felix Mendelssohn Bartholdy conhecido como Felix Mendelssohn (Hamburgo, 3 de fevereiro de 1809 — Leipzig (Lípsia), 4 de novembro de 1847) foi um compositor, pianista e maestro alemão do início do período romântico. Algumas das suas mais conhecidas obras são a suíte Sonho de uma Noite de Verão (que inclui a famosa marcha nupcial), dois concertos para piano, o concerto para violino, cerca de 100 lieder, e os oratórios São Paulo e Elijah entre outros.

Mendelssohn era filho do banqueiro Abraham Mendelssohn e de Lea Salomon, e neto do filósofo judaico-alemão Moses Mendelssohn, membro de uma família judia notável, mais tarde convertida ao cristianismo. Felix cresceu num ambiente de intensa efervescência intelectual. Começou a compor aos nove anos (mais tarde mudou seu sobrenome para Mendelssohn Bartholdy).

Mendelssohn era considerado uma criança prodígio. Começou lições de piano com a sua mãe aos seis anos, acompanhados por Marie Bigot. A partir de 1817, estudou composição com Carl Friedrich Zelter em Berlim. Escreveu e publicou o seu primeiro trabalho, um quarteto com piano, aos treze anos. Mais tarde teve aulas de piano do compositor e virtuoso Ignaz Moscheles, confessou em seu diário que ele tinha muito a ensinar-lhe. Moscheles foi grande colega e amigo ao longo da vida.


Joseph Karl Benedikt Freiherr von Eichendorff nasceu em 10 de Março 1788 no Castelo de Lubowitz em Ratibor, filho de um oficial prussiano, o Barão Adolf Theodor Rudolph (1756-1818) von Eichendorff, e de sua esposa Karoline (1766-1822, nascida Baronesa von Kloch). Sua mãe veio de uma família nobre na Silésia, de quem ela herdou o castelo de Lubowitz.
Joseph teve aulas em casa de 1793 a 1801, juntamente com seu irmão mais velho Wilhelm, dadas pelo Rev. Bernhard Heinke. À leitura de inúmeros livros de aventuras e de cavaleiros e de lendas antigas seguiram-se as primeiras tentativas literárias.

Entre 1805 e1806 Eichendorff estudou Direito e Humanidades na cidade de Halle. No verão de 1810, ele retomou seus estudos de Direito em Viena, graduando-se em 1812.

Em abril de 1815, na cidade de Breslau, Eichendorff se casou com Luise von Larisch; no mesmo ano nasceu seu primeiro filho Hermann, em 1817, nasceu o segundo, Rudolf, em 1819, a filha Teresa e, em 1821, a filha Agnes, que morreu no ano seguinte. Após a morte do pai de Eichendorff, em 1818, os bens da família mais endividados foram vendidos, com exceção do castelo de Lubowitz e da propriedade Sedlnitz.

Eichendorff lamentou pelo resto de sua vida a infância deixada para trás:
"Da minha terra após os relâmpagos vermelhos
De lá vêm
as nuvens,
Mas o pai
e a mãe estão mortos há muito tempo,
Lá ninguém me conhece mais
..."
(do poema: Em terras desconhecidas)

De
1856 a 1857 Eichendorff  se hospedou na residência de verão do Arcebispo de Breslau Heinrich Förster, o Castelo de Johannisberg, em Jauernig, onde também foi muito ativo como escritor.
Eichendorff morreu em 26 de Novembro 1857, na cidade de Neisse (na Silésia), em consequência de um câncer no estômago.


Neste casarão em Lubowitz / Alta Silésia, nasceu Joseph von Eichendorff. Em 1817(?) a família teve de declarar falência e vender a propriedade. A casa sofreu uma reforma profunda e foi praticamente toda destruída durante os conflitos em 1945 e agora está neste estado.

(Fonte: Wikipedia) 


O poema "Abschied vom Walde"

Eichendorff escreveu o poema em outubro de 1810, quando se mudou de sua terra natal Lubowitz para Viena.

Lendo-se o poema pela primeira vez imagina-se um hino à natureza, à floresta.
No entanto, coonsiderando a época na vida de Eichendorff, em que o poema foi escrito (a partida forçada da Silésia), trata-se de uma dicotomia entre a Natureza e o mundo muito ocupado.

Quando busca se agarrar à natureza, o poeta dirige uma provocação à floresta verde, para se isolar e se fechar para o mundo ocupado, mantendo assim seu idílio impenetrável e intocável.

Sem perceber, ele também constrói um contraste entre "andächt'ger" (reverente, respeitoso) e "geschäft'ge" (comercial, ocupado), entre a natureza sagrada e o mundo monetário (de negócios, viciado em lucro).

Em primeiro lugar, é notável a percepção de Eichendorff ao verificar que o mundo ocupado, o mundo dos negócios muitas vezes não passa de encenação ("Schauspiel"). Em segundo lugar, com a correta preservação da terra natal, o coração se mantém sempre jovem. Em outras palavras, a memória da origem de cada um assegura a sobrevivência em uma terra estrangeira.

(Trechos extraídos de uma interpretação de texto, do site Lesekost)  


Assista ao vídeo do coro de câmera "Benevocale", da cidade de Halle, Alemanha, com imagens da região que inspirou o poeta Eichendorff:

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