
Uma banda sinfônica e seis orquestras se reuniram na Praça São Salvador, como mais uma maneira de chamar a atenção da sociedade, a ONG fez um ensaio aberto, que pode ser o último dos seus grupos musicais. Segundo o diretor da ONG, maestro jony William Villela, este ensaio é foi um protesto que marca a paralisação das atividades da organização. Mas, o grupo ainda acredita na conquista de apoio para que o projeto não acabe.
— Nós queremos o projeto de volta. Ele está nas últimas. “Porque, para o ser humano, uma das horas mais tristes é quando ele vela algo que ama. Nós não somos contra ninguém. Estamos apenas mostrando a nossa dor por perdermos o projeto, um projeto de transformação de vidas.A gente quer que os veredadores pensem nisso, porque é um projeto com crianças campistas. Para onde vão essas crianças? Quem vai responder isso? O poder público não é só municipal, é também estadual e federal. A gente não está contra ninguém. A gente quer é achar soluções para a situação. Vamos tentar até a última gota. Vamos acampar na praça e se não funcionar temos duas ações programadas. Mas nada contra a prefeitura ou ninguém. Isso é para as pessoas ajudarem — disse idignado o maestro.
De acordo com Jony William, há tempo que a ONG vem anunciando que passa por dificuldades para manter o projeto de educação orquestral. Segundo o maestro, além de outras cidades do Brasil, alguns países se mostram indignados com a situação pela qual a ONG vem passando e se mobilizam em prol da continuação do projeto. Ele destaca ações na Venezuela, Estados Unidos e a Espanha. No entanto, segundo Jony, a ONG ainda encontra dificuldades na busca por apoio.
— As pessoas assistem passivas a isso tudo. E as pessoas que podem resolver nosso problema, brigam entre si. Estamos passando um abaixo-assinado pedindo a comunidade para assinar, pedindo apoio — frisou o maestro. Como a ONG solicita o apoio do poder público, o secretário municipal de Cultura, Orávio de Campos Soares, se manifestou. De acordo com ele, a secretaria sempre esteve aberta ao diálogo com a ONG e sua direção.
— Ele tem tratamento vip no Trianon, onde realiza todas as suas apresentações artísticas, porque é merecodor, — disse Orávio em referência a Jony William.
O secretario de Cultura também comentou sobre a relação do poder público com a ONG e reiterou que a secretaria mantém a disposição de dialogar.
— Em 2009, contribuímos para a re-alização do 1º Encontro de Orquestras Jovens do Sudeste. Fizemos um convênio importante para a interiorização da música erudita e chegamos a realizar um concerto em Morro do Coco. Sempre contribuindo com todas as suas ações, viagens ao exterior, inclusive aos Estados Unidos, quando a Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino se apresentou na sala do Carnegie Hall, em Nova York. Se depender de nós, haverá vida longa para o projeto. Estamos abertos ao diálogo — apontou Orávio.
Na Câmara de Vereadores, a presença dos músicos forçou um debate entre os parlamentares da situação e oposição. O líder da bancada governista, Jorge Magal foi taxativo. Garantiu que a assinatura de um convênio entre a prefeitura e a a ONG será assinado nos próximos dias.
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